Arte e educação para a sustentabilidade

CONTEÚDOS

1. Ligação entre a educação artística e a vida quotidiana: a relação entre a educação artística, na componente das artes visuais, e as problemáticas da sociedade civil, nomeadamente no que respeita às temáticas ambientais, com vista à criação de propostas educativas que resultem em aprendizagens significativas por parte das crianças e dos jovens.
2. Relação entre a arte e as temáticas de sustentabilidade ambiental: demonstração, através de exemplos concretos, de práticas artísticas e de obras de arte nas quais os artistas expuseram as suas preocupações ambientais, como forma de sensibilização, sobre temas variados, dando a conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente os seguintes: 6 – água potável e saneamento; 12 – produção e consumo sustentáveis; 13 – ação climática; 14 – proteger a vida marinha; 15 – proteger a vida terrestre.
3. Metodologias de criação artística como processos transversais de aprendizagem, descoberta e questionamento, em colaboração: abordagem prática a processos metodológicos artísticos que ajudem na elaboração de enunciados de trabalho que contemplem o trabalho colaborativo, a resolução de problemas e a integração das artes com outras áreas do conhecimento.
4. Experimentação e criação de materiais artísticos sustentáveis: exploração criativa da natureza como cenário e como lugar de recursos que se constituem como matéria-prima para a exploração plástica.
5. Criação de um objeto artístico, através da reutilização de materiais e desperdícios e/ou da utilização dos materiais artísticos criados anteriormente: criação artística a partir de um tema-problema diretamente relacionado com um dos temas do Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade; trata-se de um exercício que também é de exploração plástica e que prevê uma relação holística entre indivíduos e natureza, contribuindo para a sua formação pessoal e social, para poder ser explorado em sala de aula, com a devida adequação a cada contexto escolar.
6. Apresentação e partilha de resultados: individualmente e em grupo.

MATERIAIS PARA O EXERCÍCIO PRÁTICO:

Serão indicados em breve.

AVALIAÇÃO

Para a avaliação de cada participante, serão tidos em conta o relatório final individual, a participação e os trabalhos realizados durante o curso. A escala de avaliação é de 1 a 10. Considera-se uma classificação positiva a partir de 5 valores, bem como a seguinte escala de aproveitamento: 5 a 6,4 valores – Regular; 6,5 a 7,9 valores – Bom; 8 a 8,9 valores – Muito Bom; 9 a 10 valores – Excelente. Os parâmetros de avaliação são os seguintes: 1) trabalho realizado; 2) participação; 3) relatório individual.
Para ter aproveitamento, cada participante terá também de estar presente em, pelo menos, 2/3 das sessões (neste caso terá de estar online nas sessões Zoom marcadas).

Marta Ornelas

Marta Ornelas é professora há mais de 20 anos e dirige a Arte Central. Deu aulas no ensino Básico, Secundário e Superior. A sua paixão pela educação artística levou-a a especializar-se na Universidade de Barcelona, onde fez o Doutoramento em Artes e Educação. A sua atividade passa também pela formação de docentes (do pré-escolar ao secundário) e pela investigação académica. Os seus principais interesses de investigação prendem-se com a educação em museus, com a importância da educação artística e de que forma esta contribui para um mundo mais justo e sustentável. Participa frequentemente em congressos e outros encontros onde se partilha e se advoga sobre o que é realmente importante que as crianças e jovens aprendam em artes e de que forma é desejável praticá-lo. É autora de diversos artigos científicos e do livro “Museus e Escolas: as relações pedagógicas e o papel dos jovens” editado pela Direção-Geral do Património Cultural.

Margarida Filipe

Margarida Filipe é mestre em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e Pós-Graduada em Cidadania Ambiental e Participação pela Universidade Aberta. Licenciou-se em Relações Públicas e Publicidade pelo Instituto de Novas Profissões, e ingressou em 1998 nos quadros da EPAL, S.A. onde desempenhou várias funções no Gabinete de Imagem e Comunicação. Desde 2001 desempenha funções no Museu da Água da EPAL, em Lisboa, nas áreas da comunicação e no serviço educativo, tendo como áreas de especialização a comunicação escolar e o desenvolvimento de conteúdos e atividades relacionadas com a água nas vertentes da educação artística e ambiental. É também formadora certificada de Professores pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Tem um livro publicado, premiado pela Sociedade Ponto Verde, sobre educação e valores ambientais, ligando os museus à educação.